“Se tem fogueira acesa, pode ter certeza, a noite é de São João.” (Luiz Gonzaga)
Que me perdoem São Pedro e Santo Antônio, mas festa junina, para mim, é noite de São João… E, nisso, tenho que concordar com o nosso Rei do Baião, Luiz Gonzaga. E nos adornos e enfeites, entre as bandeirolas e balões, não pode faltar a imagem de São João. Reza a crendice popular que São João é um santo festeiro e que, no seu aniversário, ele adormece, pois, se tivesse acordado, não resistiria aos festejos e desceria à Terra… Brincadeiras à parte, que festa linda, animada e colorida! Enfeitando ruas e igrejas, o mês de junho é dedicado às festas juninas que, de tão boas, se estendem pelo mês de julho, criativamente chamadas de festas julinas… Diversão garantida, com direito a fogueira (nem sempre!), quentão, comidas típicas (e outras nem tanto), forró, correio do amor, muitas brincadeiras, e a minha preferida… a quadrilha!!! Sou moradora do Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, e por aqui, para cada paróquia são, pelo menos, 4 dias de festa. E gosto tanto de participar, não só para brincar, comer e me divertir, como também, para trabalhar! Ficar na barraquinha da pescaria, curtindo a alegria das crianças com as prendas pescadas! Ou fritar centenas e centenas de pastéis – uma das barracas mais concorridas de comida… Ou, ainda, entrar na brincadeira do correio do amor, onde a gente se diverte (e muito), trabalhando… Mas a hora da quadrilha é de lei; largo tudo em busca de um par igualmente divertido e desajeitado como eu, para fazer um passeio na roça, cumprimentar damas e cavalheiros, fugir da cobra e tudo mais. Impossível ficar parada nessa hora! Minha família também é muito festeira e já fizemos algumas festas juninas memoráveis, com direito a sanfoneiro, casamento e muita diversão. Mas a pandemia pegou a todos de surpresa e, mais uma vez, tivemos que nos reinventar. As festas juninas nas paróquias foram substituídas por “festas drive thru”, onde você escolhe a iguaria que quer através de um aplicativo e passa para pegar de carro…De qualquer forma, não faltam sorrisos, carinho, roupas típicas e a famosa distribuição dos pãezinhos de Santo Antônio. Vale a pena conferir. Na casa dos meus pais, bandeirolas, palhas, balões, chitas e brincadeiras aguardam a oportunidade de podermos nos reunir com tranquilidade e segurança novamente. E enquanto isso não acontece, a gente segue curtindo estas lembranças, ouvindo um forró em casa mesmo, e torcendo para que, no ano que vem, a gente possa comemorar São João em alto estilo! Para finalizar, deixo aqui, uns versos cantados pelo grupo Mastruz com Leite, como uma espécie de “esquenta” para aqueles que, como eu, aguardam, ansiosamente, por poder desfrutar de uma bela festa junina por aí…