“O mais alto de nós não é mais que um conhecedor mais próximo do oco e do incerto de tudo.” (Fernando Pessoa)
Desde muito jovem aprendi que o saber seria o meio de minha condução a uma vida melhor. Não falo aqui do saber (cultura), vou além. É preciso saber sentir; é preciso saber amar; é preciso saber aprender; … Saber significa ter dedicação, comprometimento e fazer bem. Mas isso envolve um aprendizado contínuo, pois o sábio sabe que nada sabe. – Não é Sócrates? Da mesma forma, pode-se errar, sem querer, na tentativa de fazer bem, e, então, devemos saber perdoar. Precisamos saber olhar! E a beleza do olhar não está só na paisagem que se descortina. A beleza do olhar é ver seu próximo e fazer desse olhar empatia, compaixão e misericórdia. O saber ouvir é tão importante! Quantas vezes escutamos e não ouvimos? Só para depois dizermos que se tivéssemos prestado atenção no que era dito … As pessoas efetivamente se mostram na sua forma de olhar, falar, agir, … Esse conjunto de pontos ajuda em algo primordial: saber ser amigo. Há um conjunto que denota comportamento, e sem um bom comportamento não vinga a amizade. Mas algo que realmente me chama atenção são as perguntas feitas. Às vezes, o melhor julgamento que podemos fazer de alguém está na avaliação das perguntas que essa pessoa faz. Não sou eu quem diz. Aprendi com Voltaire. Não sei se ele aprendeu com Confúcio. Também não sei com qual deles aprendeu Quintana. Nas perguntas tudo se escancara. Pois as perguntas são a base do saber. Muito evoluí quando passei pelo meio socrático de educação durante um período da minha vida. Não me envergonho de perguntar para saber. E pergunto a quem tem a me ensinar, e todos têm algo a ensinar. Não importa o quanto uma pessoa é humilde, simples ou desprovida da oportunidade da educação, mas ela terá o que me ensinar. Se deixo de aprender com ela, não sou sábio, mas arrogante. Lao Tsé já explorou isso em suas lições. As perguntas demonstram o quanto você quer saber para evoluir e agregar. Bem verdade que há perguntas despropositadas, inadequadas, duvidosas, às quais você, pelo menos eu, finjo que sequer ouvi. Não só pergunto aos outros, mas passo grande parte do tempo perguntando a mim mesmo. Minhas reflexões me levaram à filosofia apaixonadamente. Na filosofia me perco. A filosofia, como mãe de todas as ciências, me leva à busca do inalcançável: a essência. Na filosofia entendi a diferença entre boa vida e vida boa. – Valeu, Ferry! Optei pela segunda! Para encontrá-la, reflito e discuto. Há um ano, estimulado por um amigo e impulsionado por outro, agregando mais tantos, vi um projeto se materializar, e a ele deu-se o nome OmnisVersa (onde se versa sobre tudo). Um espaço para versar sobre todos os assuntos, para trazer reflexão, buscar o saber e ajudar a capacidade de perguntar, desbravando os caminhos para uma vida boa! Tenho aprendido muito! E na minha busca do saber, lembro de uma frase que contém pergunta, vida boa e sapiência: “Perguntas-me qual foi o meu progresso? Comecei a ser amigo de mim mesmo.” (Sêneca)
Autor: Fernando Sá
Autor citado: Fernando Pessoa, Voltaire, Confúcio, Quintana, Sêneca, Lao Tsé, Luc Ferry
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