“A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana.” (Franz Kafka)
Existe um trabalho com o qual poucos se importam, mas é de suma importância para a sociedade: os catadores de lixo, ou melhor dizendo, catadores de resíduos recicláveis. As pessoas acham, em suas casas, que é só separar o lixo e deixar para o lixeiro recolher as sacolas arrumadinhas; que está tudo resolvido. NÃO! Vai tudo para a mesma caçamba, sendo compactado com todas as outras sacolas dos vizinhos. É preciso chamar o catador ou um serviço especializado em recicláveis. É imprescindível lavar as embalagens para que o resíduo de dentro não estrague e exale mau cheiro. É preciso, realmente, separar a qualidade de recicláveis, plástico duro, plástico mole, latinha, ferro, papelão, vidro… – Ah, mas aí já é demais, deixa o catador fazer isso! Já parou para pensar que ele recolhe esse material todo dia, o dia todo, debaixo de sol ou chuva, carregando um peso desumano, para chegar no fim do dia e ganhar o equivalente a dois dígitos? Pois é! Se quiser, realmente ajudar, não vai lhe tomar mais que míseros minutos para organizar seu lixo e ajudar o coleguinha no trabalho dele. São pessoas que estão fazendo um serviço digno, ganhando seu dinheirinho honestamente e ainda ajudando ao meio ambiente. Estão dando seu suor para garantir um trocado! Grandes empresas deveriam investir em um processo, que se chama logística reversa, onde seriam responsáveis pelo retorno às indústrias de todo o lixo produzido pelos seus produtos. Infelizmente, poucas o fazem. E as que fazem, sem responsabilidade social, excluem os catadores. Logo eles que estão diretamente nessa labuta e facilitariam o recolhimento dos recicláveis para as fábricas… Isso ajudaria, e muito, na dinâmica do negócio e ainda faria girar a economia, introduzindo e legalizando esse trabalho. Tenho visto o quão duro e importante é esse movimento. Durante a pandemia dei continuidade na venda de recicláveis que minha mãe e meu padrasto juntavam. Quando eles passaram por um aperto, tempos atrás, esse foi o meio que os ajudou a pagar as contas e colocar comida na mesa. Agora, que voltei a morar com eles, vi que poderia continuar esse processo e meus amigos se mobilizaram para ajudar também. Com a casa em obra, cada centavo que eu consigo na venda de latinha, por exemplo, paga um prego, um tijolo e por aí vai! Isso não me faz melhor nem pior que ninguém – nenhum salvador da natureza. Mas acho que só dignifica a história deles dois, como a minha também! Brinco que batizo cada parte da casa nova com o nome de um amigo que juntou um saco de reciclável para mim: ralo Márcia, beiral Fernando, emboço Douglas, … E quando a casa estiver pronta chamarei todos eles para comemorar essa vitória. E você acha que pararei de juntar latinha? Que nada! É só o começo! Quero fazer outra faculdade. Respeite e ajude quem se dignifica a ganhar a vida honestamente. Seja um facilitador! Ajude no processo de recolhimento e venda de recicláveis. Você não perderá nada e fará parte de uma rede que realmente faz a diferença. E aí, te animei a participar dessa corrente? Espero que sim!
Luciana, o objetivo do projeto é trazer não só entretenimento, mas também, e em especial, reflexão! Obrigada por sua participação. Continue nos seguindo e compartilhe com os seus amigos.
Excelente reflexão.
Luciana, o objetivo do projeto é trazer não só entretenimento, mas também, e em especial, reflexão! Obrigada por sua participação. Continue nos seguindo e compartilhe com os seus amigos.