“O trabalho poupa-nos de três grandes males: tédio, vício e necessidade.” (Voltaire)
No dia 1º de maio, comemoramos o Dia do Trabalhador, e nada mais triste do que constatar que muito pouco há para se comemorar… O trabalhador, hoje, não tem emprego nem trabalho… E, com isso, não tem comida na mesa… Que triste realidade! A crise econômica já é nossa “velha conhecida”, mas, agora, as pessoas estão lutando para sobreviver – não somente ao coronavírus, mas também e simplesmente no sentido mais literal da palavra. E, deste modo, falta, também, dignidade… Que sensação horrível de impotência ter saúde, força e disposição e não ter oportunidade para trabalhar! Mas como desistir não é uma opção, a gente segue se reinventando, buscando e criando formas de sobreviver! E ajudando uns aos outros, numa corrente de amor e solidariedade bonita de se ver… Sim, porque nem tudo está perdido e nem todo ser humano é egoísta! Não importa o que os outros acham ou falam; eu acredito na humanidade e na bondade do ser humano… E falo por mim mesma que, mesmo desempregada (mas ainda conseguindo trabalhar) e passando por alguns sufocos, não abro mão de ajudar, como posso, aqueles que precisam mais do que eu. Assim, temos visto nos telejornais, todos os dias, depoimentos de pessoas desesperadas por alguma forma de trabalho para poder dar o que comer para seus filhos; pequenos empresários e comerciantes enfrentando suas dificuldades para ter algum lucro e, deste modo, assegurar a manutenção de seus poucos empregados… Me assusta a quantidade de estabelecimentos comerciais fechados a cada vez que vou ao Centro da cidade, no Rio de Janeiro, e o número cada vez maior de famílias inteiras morando nas ruas, em situação de total miséria. O fato é que nem todo trabalho é prazeroso ou remunera bem, mas, se navegar é preciso (como diz a poesia), trabalhar também é preciso! No melhor dos mundos, temos um bom emprego – que remunera o suficiente para as nossas necessidades (e alguma diversão/satisfação) – e ainda trabalhamos naquilo que nos realiza. Que nada… Infelizmente, estamos muito longe desta realidade (pelo menos a maioria de nós…). E, diante deste panorama, como não pensar nos vultosos salários dos jogadores de futebol no Brasil? Surreal, né? A questão é que estamos vivendo uma crise mundial, em muito agravada pela pandemia deste maldito vírus. Temos que continuar lutando: pela vida, saúde e sobrevivência. É sabido que vai demorar muito para recuperarmos nosso “estado” anterior, que já não era satisfatório. Crescer e progredir e se desenvolver, nem se fala… Mas temos que seguir nesta jornada! O Governo precisa atuar com programas de incentivo e apoio. As pessoas precisam ajudar umas às outras. Aqueles que hoje ainda estão empregados, sejam gratos por isto! E tenhamos em mente que qualquer um de nós está sujeito a esses infortúnios… Então, sejamos, mais uma vez, criativos e solidários. Vamos valorizar nossos trabalhadores, em especial os informais! Temos artesãos tão talentosos… Bolos e doces caseiros também são uma ótima alternativa…Precisamos, se pudermos, estimular e apoiar esses empreendedores. Enfim, façamos nossa parte, acreditando em dias melhores e torcendo para que, no ano que vem, tenhamos mais a comemorar no Dia do Trabalhador!