Quantas vezes já ouvimos alguém dizer: “fulano é um irmão que a vida me trouxe” ou “fulano é meu irmão de coração”? Pois é, falar sobre amigos é uma tarefa fácil, afinal, somos nós que os escolhemos. Mas, e os nossos irmãos, tipo família mesmo? Ah, esses nos são impostos e, ao contrário dos amigos, representam um laço que não se desfaz jamais. Complicado? Nem sempre… Eu me considero uma pessoa afortunada. Tenho alguns amigos que considero meus irmãos (entre homens e mulheres), um presente que a vida me deu. Que delícia! Mas estamos aqui para falar dos irmãos, então, lá vai a minha percepção, sob dois prismas diversos. Primeiro, quero falar para vocês da minha irmã. Cinco anos de diferença (eu sou mais velha) e temos personalidades completamente diferentes também. O que, em princípio, parece uma desvantagem, é, na verdade, nossa maior riqueza. A troca é maravilhosa. Aprendemos muito uma com a outra. Somos parceiras nas alegrias, na diversão (adoramos ir a shows juntas) e também nas dificuldades, que são muitas… Esqueci de falar: somos comadres! Ela é madrinha do meu filho mais velho e adotou também o meu filho mais novo e eu sou madrinha do único filho dela. Mas esta é uma outra história que eu contarei numa outra oportunidade. O fato é que, quando olho para o lado ou para trás, ela sempre está lá. Amor e cumplicidade. Eu a escolheria como minha melhor amiga, mas nem precisei fazer isso porque ela já estava ao meu lado. Sorte? Claro que não! Construímos essa relação no dia-a-dia. E, hoje, um dos nossos maiores desafios é cuidar/amparar nossos pais, que já contam com idade avançada. Seguimos juntas, no amor e na dor, sempre com bom humor! Mas vocês se lembram que eu falei em dois prismas diversos? Pois bem, para minha alegria, meus filhos repetem essa história, de forma muito semelhante. Quatro anos de diferença e personalidades quase opostas. Nem parecem filhos do mesmo pai e da mesma mãe. E sangue é o que menos importa para eles, que também construíram uma relação tão intensa que chega a causar estranheza para alguns. Para mim, uma enorme alegria e um verdadeiro privilégio! Mas existem outras histórias… Eu fico pensando, por exemplo, nos irmãos gêmeos e a conexão entre eles… Loucura, né? Isso não significa dizer que é sempre assim… Há irmãos que são verdadeiros estranhos e, às vezes até, inimigos. Uma triste realidade… E, neste caso, querendo ou não, amigos ou inimigos, juntos ou separados, o laço permanece. Não tem jeito! Frejat canta em verso e prosa que “Sem paixão, tanto faz. Amor de irmão tá valendo mais”. Aqui em casa, pelo menos, é assim!