“A indiferença é a maneira mais polida de desprezar alguém.” (Mario Quintana)
Mais por respeito que por simpatia (sou introvertido, ainda que alguns não acreditem), sou daqueles que percebe a todos e reconhece o próximo como igual. Um bom amigo disse ter escrito um texto, que considero uma obra-prima, baseado no meu comportamento – o que me emocionou, pois, segundo ele, ninguém me é invisível. Eu realmente cumprimento, agradeço e converso com todos. No mercado que frequento regularmente, conheço e sou conhecido nominalmente por alguns empregados. Sou assim! Percebo o pedinte, por quem oro; agradeço ao motorista que me transportou; falo bom dia e peço “por favor” à caixa do mercado; implico, rio e me divirto com o pessoal da padaria e da barbearia; aprendo com as faxineiras e jardineiros do condomínio; … Alguns me julgam muito “popular” por isso. “Tô nem aí!” Algumas das pessoas mais insuportáveis com quem convivi estavam em altas esferas de poder corporativo ou político, ou ostentavam duvidosos títulos e questionável intelectualidade. Não me sinto inferior nem superior a ninguém. Respeito e exijo ser respeitado. Condições sociais e econômicas são relativas e mutáveis; portanto, o que diferencia as pessoas é o caráter. Então, por que falar de indiferença? Primeiro, porque sofro desse mal e, depois, porque há uma grave questão sobre esse sentimento/condição. Alguns supõem que o ódio é o oposto do amor. Não é! Ódio é o oposto à paixão. Já dizia Wilhelm Stekel que a indiferença é o outro lado do amor. Amar é, sobretudo, querer (querer bem, querer obsessivamente, querer intensamente, …). Indiferença é não se importar! Na indiferença não existe empatia (reconhecer a dor alheia) ou compaixão (sentir a dor alheia). Normalmente, a indiferença sequer vem do ódio, mas de um asco ou de uma profunda repugnância. Quando não importa, ou seja, quando se é indiferente, há uma despreocupação tão profunda que corre-se o risco de sequer haver um compromisso com a justiça. E, aí, está meu maior medo! Ser justo é uma questão de ordem para mim. Alguém disse, e concordo, que não se deve ser injusto nem com quem nos magoou. Mas indiferença não tem a ver com mágoa, e sim com aversão. Essa aversão, no meu caso, está principalmente vinculada a atos que demonstram falta de caráter, humanidade e/ou respeito, e que geram sofrimento e/ou prejuízo a outrem. Não vejo essa massa física, por quem tenho indiferença, como uma pessoa ou dotada de humanidade! Há uma monstruosidade somente. Exemplificando, e me valendo da História, como não ter aversão por um homem como Adolf Hitler, que diariamente vivia tranquilo (se alimentava, passeava, dormia, …) sem nenhum peso na consciência ou culpa, mesmo sabendo quantos milhões de pessoas eram mortas em seus campos de concentração? O mesmo se aplica a ditadores que apoiaram e praticaram torturas e outros crimes contra indivíduos e, ao final, contra a própria humanidade. O eventual sofrimento desses seres desumanos não me traz empatia ou me gera compaixão. Os exemplos são históricos, mas existe uma realidade mais próxima. Há gente assim que está ao nosso lado ou reflete seus atos em nosso ambiente comunitário ou individual. Lembrem-se dos políticos que, desviando dinheiro, permitem a morte de tantas pessoas por falta de saúde pública. Lembrem-se de quem já sentou-se à mesa da sua casa mas, demonstrando falta de princípios éticos e morais, atuou em grave prejuízo seu e de pessoas que lhe são queridas. A indiferença traz consigo um certo desprezo e, segundo Baltasar Gracián y Morales, “o desprezo é a forma mais sutil de vingança”. Espiritual e religiosamente, a indiferença é um sentimento/condição grave, pois ela afasta a preocupação com o perdão e a justiça, independentemente das já citadas empatia e compaixão. A indiferença pode conduzir à maldade, lembrando George Bernard Shaw, o “maior pecado para com os nossos semelhantes, não é odiá-los mas sim tratá-los com indiferença; é a essência da desumanidade”. Me reconheço indiferente a uma série de políticos e a algumas pessoas – gente sem caráter e escrúpulos que, traindo valores básicos da sociedade (igualdade, honestidade, respeito, hombridade, …), geram prejuízo e/ou sofrimento a tanta gente. Gente assim me é asquerosa e repugnante, gerando minha completa indiferença. Sim, “a indiferença é o sono da alma” (Charles Favart). Esse talvez seja meu lado Hide do médico/monstro. Mas reconhecer nosso lado sombrio também é uma forma de evoluirmos e buscarmos caminhos para sermos melhores. Funciona como a pequena faísca capaz de findar com a escuridão.
Somos muito parecidos!
Não me vingou de quem me magou, ou por quem não faz o seu papel devido nessa sociedade tão desigual e injusta
Simplesmente os ignoro ; seus problemas me são indiferentes
Sou super comunicativa com todos , do faxineira ao caixa do supermercado
Nasci no meio dos poderosos e tive a oportunidade de ver como muitos maltratam os desforecidos e como existe um sentimento coletivo de corrupção
Com isso , aprendi a admirar os simples e honestos , e aqueles que usam sua vida para servir ao próximo
O Poder nunca me deslumbrou , mas a bondade e caráter sim
Ao olharmos a História, vemos tantas pessoas que fizeram mal a humanidade!
A eles , só podemos reservar nosso desprezo e asco
Sigamos nossas vidas , fazendo o bem , sem olhar para quem
A minha admiração, respeito e carinho , só crescem por você meu grande e querido amigo !
Você nunca deixou que o Mundo o corrompesse , sempre foi simplesmente você, seguindo os valores que aprendeu com seus pais
Agradeço a Deus pela oportunidade de te-lo na minha vida
Quanto aos maus , exercito a minha total Indiferença!
Maria, muito importante e oportuno o seu depoimento. Essa troca é essencial ao nosso Projeto. Obrigado pelas palavras de carinho e incentivo! Continue nos seguindo e expondo suas opiniões.
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