“É só um mundo virtual, mas eu me sinto mais vivo aqui do que no de verdade.” (Sword Art Online)
Mal soaram os primeiros acordes de “Quando entrar Setembro e a boa nova andar nos campos”, na linda voz de Beto Guedes, e passamos desse mês primaveril, onde tudo deveria florescer. E, nessa primavera, descubro que deverei florescer em novos campos. Sim, vão me transferir no meio de um distanciamento social … e diante dessa nova normalidade anormal! Me pego pensando que tudo o que aprendi, ao longo das minhas quatro décadas, sobre como causar uma impressão positiva, pouco me servem no novo normal. Toda a leitura de “O corpo Fala” (Pierre Weil e Roland Tompakow) fica indefectivelmente comprometida diante de uma tela de vídeo. Aquele aperto de mão com a pressão certa para mostrar firmeza, aquele ‘eyes contact’ treinado à frente do espelho, ou aquele sorriso by Monalisa diante do que nem tinha tanta graça, … nada disso, diante do sacramentado novo padrão de trabalho, te vale muito. Chegamos de forma atabalhoada a este novo padrão – de casa para o mundo, onde a percepção do outro se esvazia um pouco diante da tela…. Hoje, morro de medo de enviar uma mensagem para o grupo errado ou, ainda, deixar o maldito áudio aberto, porque a impressão positiva, ou negativa, passa por esses novos crivos. É quando me lembro de Chaplin sem aúdio, que com muita criatividade e alguns efeitos sonoros, conseguia mostrar sua arte e nos emocionar. Ele dizia que “Num filme o que importa não é a realidade, mas o que dela possa extrair a imaginação.”(Charles Chaplin) E haja imaginação! Haja imaginação para criar uma boa impressão diante do protagonismo da vídeochamada! Com certeza, assim como uma reunião presencial exige comprometimento, atenção, bom senso e postura, a videoconferência não poderá ser encarada como um bate papo descompromissado numa esquina digital. Ela exige uma etiqueta virtual que também passa pela responsabilidade, foco, atenção e pontualidade. Isso já sabemos, mas como passar uma imagem positiva e confiante diante de um chefe novo? De jeito nenhum abandone o ‘dresscode’! Decididamente, aquela mítica de que os âncoras do Jornal Nacional vestiam bermudas, mas pareciam impecavelmente vestidos da cintura para cima pode ser posta à prova. Vista-se como se fosse para a empresa, mesmo que seja da cintura para cima. Nunca apareça comendo, mastigando ou tentando parecer informal demais… Você está querendo criar uma boa impressão? Então, não arranhe tal possibilidade abocanhando um bombom ou uma banana em meio à conversa. Outro dia, ouvi uma história que me chamou atenção: a colega querendo ‘passar’ uma imagem séria preparou sua melhor caneca com seu melhor chá e estampada na caneca a melhor mensagem, para ser lida e compreendida naquele inglês matreiro (‘Work Hard’), quando, sem querer, a caneca virou em cima do teclado… Eu fiquei com pena da coitada! Ficou com os dedos queimados, perdeu o teclado que não era dela, e ficou imóvel diante do acidente. Perplexidade virtual! Me lembrou Thales de Mileto: “Nunca faças o que te desagrada ver fazer a outros.” Voltando à transferência, não tomarei chá durante reuniões e buscarei vestir meu melhor sorriso, mas, espero mesmo, é manter o respeito e a ética com o outro. Exemplifico por meio da corrida na cidade de Santander (Espanha), em 20 de setembro. Diante da última curva da corrida, o corredor James Teagle, erra o caminho. O espanhol Diego Méntriga mostrou diante das câmeras de TV seu espírito desportivo, pois poderia ultrapassá-lo e ganhar uma medalha pela 3ª posição, mas tomou uma atitude: deixou o rival terminar em sua frente, na terceira posição. Quando perguntado o porquê, ele simplesmente disse que era o correto, já que o britânico vinha liderando toda a prova e que faria de novo se fosse preciso. Que tenhamos a coragem de mostrar diante das reuniões a nossa melhor ética, respeito e coragem. E tenhamos cuidado com o cinismo de Oscar Wilde: “Chamamos de ética o conjunto de coisas que as pessoas fazem quando todos estão olhando. O conjunto de coisas que as pessoas fazem quando ninguém está olhando chamamos de caráter.”
A coisa que mais admiro no ser humano é a bondade , a compaixão!
Vivemos num mundo egoísta, em que pouco se fala na miséria e desnutrição de milhares de pessoas
Devemos estar atentos às nossas atitudes em lidar com o sofrimento Alheio!
Agir com consciência e com fraternidade é uma conquista que nos eleva a verdadeira condição de ser humano!
Gostei muito das palavras da autora!
Essa reflexão tem que ser um exercício diário!
Exatamente, como você diz, Maria! Humanização! Sem ela e no visão coletiva ninguém, individualmente, alacnçará, a vida boa plena. O egísmo s etornou modelo de conduta, infelizmente. Obrigado por seu apoio ao OmnisVersa. Seria ótimo tê-la como nossa colaboradora na redação de textos.
A coisa que mais admiro no ser humano é a bondade , a compaixão!
Vivemos num mundo egoísta, em que pouco se fala na miséria e desnutrição de milhares de pessoas
Devemos estar atentos às nossas atitudes em lidar com o sofrimento Alheio!
Agir com consciência e com fraternidade é uma conquista que nos eleva a verdadeira condição de ser humano!
Gostei muito das palavras da autora!
Essa reflexão tem que ser um exercício diário!
Exatamente, como você diz, Maria! Humanização! Sem ela e no visão coletiva ninguém, individualmente, alacnçará, a vida boa plena. O egísmo s etornou modelo de conduta, infelizmente. Obrigado por seu apoio ao OmnisVersa. Seria ótimo tê-la como nossa colaboradora na redação de textos.