Albert Camus não é um mero escritor representativo do século XX, cuja obra levou a concessão do Prêmio Nobel de Literatura. Certamente, Camus é um dos maiores pensadores do século passado. Ele se fez um intelectual influente e reconhecido como destaque de formação por outros pensadores como Luiz Felipe Pondé. Um existencialista que, por princípios de lógica, rompeu com o grupo de Sartre, Camus, neste livro, apresenta um ensaio sobre o absurdo, que tem importante contribuição filosófico-existencial e causou profunda influência sobre toda uma geração. “Camus destaca o mundo imerso em irracionalidades e lembra Sísifo, condenado pelos deuses a empurrar incessantemente uma pedra até o alto da montanha, de onde ela tornava a cair, caracterizando seu trabalho como inútil e sem esperança.” A obra faz um tratamento filosófico e não sociológico, por exemplo, quanto ao assunto-tabu do suicídio. A grande dúvida apresentada neste ensaio: “Ou não somos livres e o responsável pelo mal é Deus todo-poderoso, ou somos livres e responsáveis, mas Deus não é todo-poderoso.”